Muitas empresas buscam entender e otimizar a roteirização com restrições para diminuir custos e minimizar os riscos. Mas esse ainda é um dos maiores desafios do transporte, principalmente no Brasil.
De acordo com a CNI, as rodovias federais registraram, em 2019, mais de 16 mil acidentes com caminhões.
Segundo especialistas, isso ocorre, principalmente, devido a investimentos insuficientes e mal distribuídos. As rodovias com maiores índices de acidentes, portanto, mais perigosas, recebem apenas 26% dos recursos totais.
Com baixos investimentos e estruturas cada vez mais precárias, as rotas percorridas passam a apresentar cada vez mais perigo. Sem contar, é claro, a dificuldade de atender um país de dimensões continentais e mudanças frequentes relacionadas a restrições de tráfego.
Esse conjunto de desafios torna a roteirização manual cada vez mais ineficiente e onerosa para as empresas. Mas será que existe uma forma eficiente de fazer roteirização com restrições?
Um bom planejamento é essencial para realizar qualquer frete com excelência. E dentro desse estudo devem ser considerados fatores como: condições de trânsito e das pistas utilizadas, distância que será percorrida, valores de pedágio, restrições de altura e tráfego de veículos etc.
Todo esse processo é denominado roteirização e é ele quem determina qual será o melhor itinerário para a frota, garantindo eficiência e rapidez nas entregas das cargas e a segurança necessária para os condutores dos veículos.
Com base em todos os pedidos que precisam ser entregues, utiliza-se a localização dos clientes para criar o roteiro mais eficiente. Isso é feito considerando todos os pontos de atendimento, ao mesmo tempo em que se utiliza o menor (ou o mais rápido) trajeto — otimizando o uso do combustível, do caminhão e seus componentes.
Apesar de parecer simples, a roteirização é constituída de diversas fases, desde a criação de uma política eficaz, até o monitoramento dos veículos nas ruas.
Antes de falarmos sobre as soluções de roteirização com restrições, precisamos compreender quais são esses impedimentos e como eles impactam no transporte.
Listamos abaixo algumas das principais restrições enfrentadas pelas empresas de entre, veja só:
Um dos principais desafios da roteirização com restrições, como mencionamos acima, são as estradas brasileiras. Como o transporte por aqui é dependente do modal rodoviário, as empresas precisam enfrentar grandes trajetos em estradas sem pavimento, com erosões, perigosas e até mesmo em áreas de difícil acesso.
Imagine que, sem um sistema de roteirização eficiente, a sua frota precise percorrer esses trajetos sem saber onde estão os obstáculos. As chances de acidentes são muito maiores, certo?
Outra restrição que precisa ser incluída na roteirização são os limites de velocidade de cada trajeto. Essa informação é essencial para que o tempo estimado corresponda à realidade. Evitando, assim, atrasos e custos com reentrega, por exemplo.
Infelizmente o Brasil é um país com inúmeras áreas perigosas, com pouco ou nenhum monitoramento de segurança e com grande probabilidade de furtos e roubos. Se fizermos a roteirização com restrições, de forma manual, não há possibilidade de acompanhar e atualizar os trajetos para contornar áreas que apresentem maior risco considerando o tipo de veículo e carga transportada.
Existem regiões, por exemplo, que o furto de equipamentos eletrônicos é muito maior. A sua empresa pode utilizar outros meios de envio ou realizar a roteirização com restrições utilizando um sistema que contorne, automaticamente, áreas perigosas.
Devido a extensa malha rodoviária, existe uma enorme variedade de obstáculos como pontes, estradas mais estreitas ou com desvios que não comportam um veículo com eixos. Sem contar, é claro, a mobilidade urbana, que é ainda mais restritiva neste sentido.
Recentemente a legislação alterou, em algumas cidades, a permissão de tráfego de veículos grandes em algumas regiões, principalmente urbanas. Além de limitar o trajeto e o tempo de carga e descarga, os gestores ainda precisam se informar sobre qual a legislação vigente em cada trecho do trajeto.
O que, naturalmente, torna todo o processo ainda mais demorado e oneroso.
Grande parte das entregas urbanas estão sujeitas a um horário de entrega, principalmente em relação ao transporte de cargas maiores, no centro das grandes cidades.
A roteirização com restrições precisa, portanto, considerar quais os pontos de entrega possuem limitadores de horário, para organizar o trajeto de forma a atendê-los primeiro. Sem, é claro, comprometer a otimização do percurso.
Um dos maiores desafios da roteirização com restrições é a volatilidade. Afinal, rotas, sentidos e normas se alteram com muito mais frequência do que gostaríamos. Tornando assim, quase impossível criar um planejamento de rotas manual.
Isso quer dizer que não conseguimos nos antecipar a estas restrições e precisamos lidar com as inúmeras intempéries dos trajetos?
Não! A sua empresa precisa, na verdade, investir em tecnologias que atendam à roteirização com restrições.
Existem ferramentas que foram criadas para se adaptar às necessidades da sua empresa e sistema.
Isso quer dizer que essas soluções conseguem formular rotas ultra inteligentes com o uso de dados de localização, que são alimentados em tempo real.
É natural que alguns clientes imponham restrições para o recebimento de mercadorias. As mais comuns são a definição de janelas de horário para recebimento e a recusa em realizar a descarga caso haja produtos de outros clientes ainda no veículo.
Conhecer essas limitações impostas pelo público a ser atendido é crucial para elaborar uma roteirização eficiente. Afinal, de nada adianta escolher o melhor trajeto se, ao chegar em um dos destinos, a equipe se recusar a receber por estar fora do horário estabelecido, por exemplo.
Incluir esse tipo de variável no planejamento de rotas é uma tarefa que não pode ser negligenciada. Caso contrário, corre-se o risco de sofrer com devoluções, esperas excessivas no pátio para descarga e outros problemas que vão afetar a sua produtividade.
Otimizar o tempo de tráfego entre as paradas possibilita uma maior organização na hora de carregar os veículos, levando em consideração a proximidade entre os destinos. Isso facilita o descarregamento das mercadorias.
Ao realizar a roteirização, procure formar um trajeto em forma de gota no mapa, posicionando as paradas de forma sequencial, tornando o roteiro mais eficiente. Considere também as paradas que possuam restrições de tempo ou coleta. Nesses casos, é necessário avaliar individualmente para evitar uma superposição.
Uma boa dica para auxiliar no sucesso desse planejamento é utilizar veículos grandes, que sejam capazes de atender todas as paradas do roteiro. Um caminhão com grande capacidade de carga reduzirá os custos operacionais e o tempo para realização das entregas.
Essas coletas são feitas (geralmente) após a conclusão de todas as entregas do roteiro. No entanto, conseguir realizá-las ao longo das entregas pode minimizar a distância percorrida e evitar a superposição.
Mas, cuidado! É preciso levar em consideração se as mercadorias coletadas não vão obstruir as que estão programadas para entrega. Caso isso aconteça, a solução mais viável é criar outro roteiro de volta, como se fosse uma logística reversa.
Assim, em vez de o caminhão voltar vazio depois de realizar todas as entregas, ele faz o percurso de retorno passando em todos os pontos que precisam de alguma coleta. Isso é especialmente importante quando, por algum motivo, não é possível formar um roteiro em forma de lágrima para a realização das entregas.
Adotar um meio alternativo de entrega para as paradas que estejam muito fora dos agrupamentos determinados pelo planejamento de rotas pode ser uma saída interessante — principalmente quando se tratar de volumes menores.
Uma boa solução para esses casos é a utilização de veículos menores ou até mesmo a contratação de uma empresa terceirizada. Fazendo corretamente essas avaliações, certamente a redução de custos será real.
Faça um mapeamento do fluxo de atendimentos e demandas para determinar a atuação dessa roteirização. Recolha alguns dados, como:
Esse conhecimento é fundamental para que você consiga planejar e executar as rotinas com base na realidade do seu negócio e nas demandas dos clientes. Sem isso, dificilmente se consegue criar ações eficazes — visto que não se teria consciência sobre aspectos importantes para definir os melhores roteiros.
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